No dia 24 de Maio de 2014, aconteceu na orla de Casa Caiada em Olinda, uma aula de campo da disciplina de Educação Inclusiva do curso de Licenciatura em Pedagogia da Fase Faculdade, Ministrado pela Docente Marcia Elisabeth, que contou com os alunos do 5º e 6º períodos do referido curso. A aula aconteceu no período da manha e teve como temática, descobrir as dificuldades e como é difícil a convivência social das pessoas que possuem alguma necessidade.
Maravilhados, os alunos viveram grandes momentos e desenvolveram suas experiências para a prática docente em salas de aulas que venham a conter alunos especiais.
Os grupos vivenciaram 4 tipos de deficiências, como a física, visual, auditiva e de locomoção.
As experiências vivenciadas fortaleceram o entendimento da necessidade de educar de forma integral todos os alunos, sabendo que alguns deles podem ter algum tipo de deficiência. Porém é importante saber que pessoas que possuem tais dificuldades, não devem ser discriminadas e apontadas como pessoas incapazes de aprender algo ou se socializarem.
Ainda foram percebidas pelos alunos, todas as dificuldades que as cidades tem a oferecer as pessoas com suas múltiplas deficiências como calçadas quebradas, obstáculos, postes em locas errados, rampas com nenhuma capacidade de utilização, e com isso nos perguntamos como está a escola em seu mais amplo funcionamento. A escola está fisicamente e profissionalmente preparada para oferecer uma educação adequada a todos os alunos sem discriminação?
Para que todos possam ser "Integrados" a Sociedade, é necessário que existam no Brasil, escolas de qualidade e referência para os Alunos Portadores de Alguma Deficiência, direito este inclusive, garantido por lei e descumprido pela sociedade.
Segundo a escritora Maria
Teresa Eglér Mantoan,
"A inclusão é uma inovação, cujo sentido tem sido muito distorcido e um movimento muito polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais. No entanto, inserir alunos com déficits de toda ordem, permanentes ou temporários, mais graves ou menos severos no ensino regular nada mais é do que garantir o direito de todos à educação - e assim diz a Constituição !"
"O princípio democrático
da educação para todos só se evidencia nos sistemas
educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas
em alguns deles, os alunos com deficiência. A inclusão, como
consequência de um ensino de qualidade para todos os alunos
provoca e exige da escola brasileira novos posicionamentos e é
um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os
professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação que
implica num esforço de atualização e reestruturação das
condições atuais da maioria de nossas escolas de nível
básico."
"Se hoje já podemos contar
com uma Lei Educacional que propõe e viabiliza novas
alternativas para melhoria do ensino nas escolas, estas ainda
estão longe, na maioria dos casos, de se tornarem inclusivas,
isto é, abertas a todos os alunos, indistinta e
incondicionalmente. O que existe em geral são projetos de
inclusão parcial, que não estão associados a mudanças de base
nas escolas e que continuam a atender aos alunos com deficiência
em espaços escolares semi ou totalmente segregados (classes
especiais, salas de recurso, turmas de aceleração, escolas
especiais, os serviços de itinerância)."
"As escolas que não estão
atendendo alunos com deficiência em suas turmas regulares se
justificam, na maioria das vezes pelo despreparo dos seus
professores para esse fim. Existem também as que não acreditam
nos benefícios que esses alunos poderão tirar da nova
situação, especialmente os casos mais graves, pois não teriam
condições de acompanhar os avanços dos demais colegas e seriam
ainda mais marginalizados e discriminados do que nas classes e
escolas especiais."
para que isso aconteça, precisamos recriar ações e por isso a autora ainda fala em visar os aspectos organizacionais:
"Ao nosso ver é preciso mudar a escola e mais precisamente o ensino nelas ministrado. A escola aberta para todos é a grande meta e, ao mesmo tempo, o grande problema da educação na virada do século."
"Mudar a escola é enfrentar uma tarefa que exige trabalho em muitas frentes. Destacaremos as que consideramos primordiais, para que se possa transformar a escola , em direção de um ensino de qualidade e, em consequência, inclusivo."
Temos de agir urgentemente:
- colocando a aprendizagem como o eixo das escolas, porque escola foi feita para fazer com que todos os alunos aprendam;
- garantindo tempo para que todos possam aprender e reprovando a repetência;
- abrindo espaço para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados nas escolas, por professores, administradores, funcionários e alunos, pois são habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania;
- estimulando, formando continuamente e valorizando o professor que é o responsável pela tarefa fundamental da escola - a aprendizagem dos alunos;
- elaborando planos de cargos e aumentando salários, realizando concursos públicos de ingresso, acesso e remoção de professores.
fonte: http://www.pro-inclusao.org.br/textos.html acessado em 25 de maio de 2014