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segunda-feira, 30 de junho de 2014

O uso de Gibis na alfabetização das Crianças




Linguagem visual e características lúdicas fazem das histórias em quadrinhos bons instrumentos para a alfabetização, mas nem sempre eles foram bem vistos dentro da escola


Por muitas décadas, as histórias em quadrinhos foram vistas à margem do que se entende por leitura. Uma visão equivocada porque os quadrinhos são e sempre foram leitura igualmente válida. De fato, hoje não há mais dúvidas sobre o valor desse tipo de narrativa. Tanto que os quadrinhos são recomendados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e reconhecidos como uma ferramenta de alfabetização.
 
 As histórias em quadrinhos são também um instrumento de grande importância no processo de desenvolvimento da leitura e da escrita no processo de alfabetização, porque as crianças naturalmente gostam desse tipo de linguagem.
Outro fator que torna os quadrinhos tão atraentes para as crianças é a ligação emocional que elas costumam desenvolver com os personagens.
 
Se hoje os gibis são utilizados nas salas de aula e consagrados pelos professores e pesquisadores, saiba que esta visão nem sempre foi assim por parte das escolas e principalmente por parte dos docentes. Segundo  Maria Angela Barbato Carneiro, professora titular do Departamento de Fundamentos da Educação e coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da Faculdade de Educação da PUC-SP,  "os quadrinhos usados atualmente em sala de aula eram vistos como concorrentes dos livros de alfabetização, entendidos, portanto, como uma distração prejudicial ao aprendizado." “Os quadrinhos apareceram com mais frequência dentro da escola a partir da metade do século passado. Primeiro, porque quase não existiam. Segundo, porque havia esse preconceito contra eles."

vale a pena salientar ainda que, para a formação de um leitor competente, capaz de usar a linguagem em diferentes contextos e situações, é extremamente necessário que os alunos tenha acesso garantido aos mais variados tipos de leitura.  Estes variados tipos de gênero textuais, desenvolve habilidades específicas nos alunos, por isso, é imprescindível  que todo o aluno, seja ele da educação infantil, educação básica ou da EJA, tenham disponíveis diferentes fontes de leitura, como jornal, livros, revistas e histórias em quadrinhos. 
 
Outro fator importante nisto, é a participação da família que tem sua participação vital no processo de ensino-aprendizagem, quando disponibiliza para suas crianças, os mais variados tipos de gêneros de leituras. é importante que cada família disponibilize por exemplo: os jornais e livros que abordem temas variados; Revistas que abordem os temas de interesse do aluno leitor. Além disso, a escola e os professores juntamente com a família, tem o papel de formar cidadãos leitores autônomos não somente passivos mas também críticos e ativos, formadores de opinião.
 
Caro Leitor, se você gostou deste nosso artigo, compartilhe com os seus amigos. Trabalhamos sempre para manter este blog no ar com todos os assuntos importantes no tema educação. Ao final, deixe seu comentário aqui, pois seu comentário é muito importante para nós.
 



domingo, 29 de junho de 2014

Uma escola para todos



Ao incluir alunos com deficiência, a instituição escolar muda sua perspectiva de mundo, ajuda professores a repensarem seu papel e contribui para a construção de uma nova geração - aquela que sabe que, entre as diferenças, todos somos iguais
 
Há mais de duas décadas e meia, a Constituição brasileira prevê a inclusão de alunos com deficiência nas classes comuns, estabelecendo igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola. Embora ainda existam resistências, essas crianças deixaram de ser 'invisíveis', não se encontram mais 'escondidas' e já ocupam seu espaço no ambiente socioeducativo. Os resultados preliminares do Censo Escolar de 2012 indicam, mais uma vez, aumento nas matrículas em educação especial na rede pública. Mas, para que sejam incluídas de fato, e não se tornem meras figurantes de um sistema e sim protagonistas do próprio aprendizado, é fundamental que a instituição escolar reveja suas premissas.

Segundo os resultados preliminares do Censo Escolar MEC/Inep de 2012, o Brasil ampliou em 7,64% o número das matrículas em educação especial na rede pública em relação ao ano anterior, passando de 584.124 para 628.768 matrículas. Os dados finais de 2012 para a rede particular de ensino ainda não foram divulgados, mas em 2011 foram registradas 163.409 matrículas de alunos com deficiência em estabelecimentos privados - 20% delas em escolas inclusivas, as demais (130.798) em instituições exclusivas e classes especiais.

A gradual presença de alunos com deficiência no ensino regular frequentando classes comuns ao lado de outros estudantes colocou em xeque a escola, como instituição, e revelou quão conservador era o sistema de ensino em vigor até então. Além disso, mostrou também como a própria formação de professores para a Educação Básica estava contaminada por clichês e estereótipos e respondia insatisfatoriamente às necessidades de todos os estudantes.
 
'O aluno com deficiência é o grande bode expiatório de um processo de formação docente em alguns momentos fracassado e de uma estrutura escolar que precisa ser modificada', diz Fabiana Stival Morgado Gomes, gerente de educação inclusiva da Secretaria de Educação de Santo André (SP). 'Ele propicia essa mudança, revela onde a escola tem de se renovar - e não para favorecer só essa criança, mas para aprimorar o aprendizado de todos os alunos. Temos uma escola que se mantém igual e reproduz modelos e movimentos há anos, e uma sociedade que pede um ensino muito mais dinâmico. Um professor com maior rigidez, que não enxerga essa escola em outro contexto, responsabiliza o aluno com deficiência', afirma ela.
 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sexualidade na Educação


Olá, vamos hoje discutir um pouco sobre gênero, ou melhor, sobre a Sexualidade na Educação.
Recentemente a Revista Nova Escola da Ed. Abril, publicou em seu site uma matéria sobre o tema, que fazia a seguinte pergunta:
 
 
 
 

Futebol é coisa de menina?
 
"Houve uma época em que a resposta era não. O senso comum dizia que futebol era  jogo pra menino, assim como brincar de boneca e de casinha eram “coisas de menina”. Contudo, esse é um mecanismo social que serve para desenvolver e moldar homens e mulheres a seguirem determinados comportamentos, habilidades e traços de personalidade considerados adequados para cada gênero. O papel de gênero não é estabelecido somente pelo fato de se nascer com um determinado sexo. Ele é construído cumulativamente por meio das experiências ao longo da vida, entre elas as brincadeiras".
 
Para os homens, estavam destinadas as atividades que contribuíssem para o desenvolvimento de sua masculinidade, que em nossa cultura significa serem reconhecidos como provedores, protetores, competitivos, fortes e viris. O futebol é um excelente “treino” para estimular essas características, enquanto a brincadeira de boneca seria perfeita para o que se espera de uma mulher: que sejam zelosas, meigas, sensíveis, frágeis… Hoje eu discordo desta linha de pensamento, pois, entende-se que não podemos simplesmente alarmar aos meninos que é errado brincar de boneca e a menina que é errado jogar bola. Isso cria na criança, a priore, o sentimento (se é que esta palavra está correta) de discriminação, principalmente de gênero. Isto não é culpa dos pais individualmente falando mas sim da cultura antiga e equivocada de gênero que os povos mais antigos tinham sobre o assunto.  Essas atribuições psico-socioculturais, aliadas às atitudes envolvidas em brincadeiras infantis, artísticas e esportivas, acabam modelando como são enxergados os comportamentos masculino e o feminino em cada sociedade.
 
Brincadeiras e sexualidade

 Recebemos aqui no blog um bom exemplo para falar sobre esse assunto.  Uma professora nos conta sobre dois meninos que possuem trejeitos femininos, gostam de brincar somente com as meninas, participam das danças e teatros que a escola promove, mas não participam dos esportes ditos masculinos e, por isso, são constantemente perseguidos pelos colegas.
Hoje, a gente sabe que nenhuma brincadeira ou atividade é da natureza dos meninos ou meninas. Ela faz parte da diversão e do desenvolvimento de ambos os sexos, de acordo com a aptidão e a identificação de cada um.
Brincar é fundamental para o desenvolvimento da criança. Por meio da brincadeira, ela treina ações futuras, aprende novos papéis, ensaia os comportamentos esperados para o seu gênero, elaborando as informações que foram transmitidas para ela. E isso pode acontecer, mesmo que essas brincadeiras não sejam exatamente aquelas que se instituiu como adequadas para determinado sexo.
O fato de um garoto preferir a dança ao futebol pode fazer com que ele não desenvolva a competitividade, mas pode fazer com que ele aprenda a lidar com uma garota, além de se tornar um grande parceiro na dança, um namorado atencioso e um homem gentil. A forma como cada um decide se portar como homem ou mulher não é determinante para a orientação sexual. Portanto, não faz sentido associar homossexualidade ou heterossexualidade com obediência aos comportamentos esperados para o gênero.
 
Como a escola pode lidar com esta situação

 No caso que acabo de citar, o professor deve conversar com as crianças para tentar descobrir as razões pelas quais elas se negam a fazer determinadas atividades. O objetivo não é encontrar um jeito de fazer a criança brincar do que não gosta, mas de identificar se há algo por trás dessa rejeição, como não considerar positivo ser daquele gênero.
Geralmente, a criança tende a imitar as atividades realizadas tanto pelo pai e pela mãe como pelo professor. Esse comportamento é uma resposta ao processo de identificação pelo qual toda criança passa: no início, imita as pessoas que têm para ela grande valor afetivo. Depois, ao se perceber do sexo feminino ou masculino, ela passa a repetir comportamentos de pessoas do mesmo gênero.
Por meio dessas vivências, a criança incorpora aspectos de seu cotidiano que vão reforçar ou inibir sua identificação com pessoas do mesmo sexo. Nesse processo, é importante que ela veja características positivas no pai e na mãe. E mais: que o progenitor do mesmo sexo que ela seja valorizado pelo sexo oposto. Portanto, os comentários depreciativos sobre qualquer um – homem ou mulher – devem ser evitados por parte dos adultos e mesmo por outras crianças.
Uma boa forma de encaminhar essa questão é estimular o processo de identificação para que se aceite o próprio sexo, desenvolvendo trabalhos de valorização dos papéis masculino e feminino. Uma sugestão é elaborar atividades em que todas as crianças falem sobre os aspectos positivos de ser menino ou menina, buscando exemplos ilustrativos (recortes de revistas ou fotografias) de homens e mulheres que eles admiram.
 
Como você lida com situações como essa na sua escola? Deixe sua opinião nos comentários.

Fonte: Revista Nova Escola http://revistaescola.abril.com.br/blogs/educacao-sexual/2014/06/13/futebol-e-coisa-de-menina/

terça-feira, 10 de junho de 2014

Lei de cotas, o que é? Você concorda?


Olá, hoje vamos discutir um assunto que hoje causa polêmica em todos os níveis da nossa sociedade. Eu estou falando da LEI 12.711/2012.


 
Primeiro, vamos entender um pouco sobre a lei, segundo o site do Ministério da Educação:

O que é a lei de cotas?

A Lei nº 12.711/2012, sancionada em agosto deste ano, garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência.
  • A lei já foi regulamentada?

    Sim, pelo Decreto nº 7.824/2012, que define as condições gerais de reservas de vagas, estabelece a sistemática de acompanhamento das reservas de vagas e a regra de transição para as instituições federais de educação superior. Há, também, a Portaria Normativa nº 18/2012, do Ministério da Educação, que estabelece os conceitos básicos para aplicação da lei, prevê as modalidades das reservas de vagas e as fórmulas para cálculo, fixa as condições para concorrer às vagas reservadas e estabelece a sistemática de preenchimento das vagas reservadas.
  • Como é feita a distribuição das cotas?

    As vagas reservadas às cotas (50% do total de vagas da instituição) serão subdivididas — metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita e metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário mínimo e meio. Em ambos os casos, também será levado em conta percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas no estado, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
  • A lei vale para quem estudou em colégios militares também?

    Sim, vale para todas as escolas públicas de ensino médio. O conceito de escola pública se baseia na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9394/96, art. 19, inciso I:
    Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam–se nas seguintes categorias administrativas:
    I – públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público

  • Quem concorrer pelas cotas também poderá entrar pela ampla concorrência?

    Nos primeiros quatro anos de implementação da lei, os estudantes cotistas devem disputar vagas tanto pelo critério de cotas quanto pelo de ampla concorrência, já que as vagas serão oferecidas gradativamente. A partir de quatro anos, a permanência desse modelo ficará a critério de cada instituição de ensino.
  • As cotas valerão para vestibulares tradicionais e para o Sisu?

    Sim, a lei já valerá para os próximos vestibulares das instituições e também na próxima edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação. As instituições federais de ensino que adotarem diferentes processos seletivos precisam observar as reservas de vagas em cada um destes processos.
  • Como será comprovada cor e renda declarados pelos candidatos?

    O critério da raça será autodeclaratório, como ocorre no censo demográfico e em toda política de afirmação no Brasil. Já a renda familiar per capita terá de ser comprovada por documentação, com regras estabelecidas pela instituição e recomendação de documentos mínimos pelo MEC.
  • No critério racial, haverá separação entre pretos, pardos e índios?

    Não. No entanto, o MEC incentiva que universidades e institutos federais localizados em estados com grande concentração de indígenas adotem critérios adicionais específicos para esses povos, dentro do critério da raça, no âmbito da autonomia das instituições.
  • Como o governo federal vai garantir a permanência dos estudantes cotistas na universidade?

    A política de assistência estudantil será reforçada. No orçamento de 2013 já está previsto um aumento para o Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Serão investidos pelo menos R$ 600 milhões em assistência estudantil em 2013. O MEC está articulando com os reitores a política de acolhimento dos alunos cotistas, que também gira em torno da política de tutoria e nivelamento.
  • Universidades que já têm programas de cotas terão de mudar?

    Podem ser mantidas as iniciativas já existentes, desde que as exigências da lei, ou seja, 12,5% das vagas, sejam implementadas conforme o Congresso Nacional estabeleceu. Então, no mínimo, esses 12,5% têm que corresponder integralmente aos critérios da lei. A partir desse 12,5%, podem ser criados critérios adicionais. A Lei de Cotas determina o mínimo de aplicação das vagas, mas as universidades federais têm autonomia para, por meio de políticas específicas de ações afirmativas, instituir reservas de vagas suplementares.
  • Haverá algum tipo de acompanhamento da implementação da lei?

    Sim. O acompanhamento ficará a cargo de um comitê composto por representantes do Ministério da Educação, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), com a participação de representantes de outros órgãos e entidades e da sociedade civil.

  • A grande polêmica se dá quando boa parte da população interpreta a lei como PRECONCEITUOSA, tendo em vista que privilegia os Negros, Índios etc...
    Não posso aqui expressar uma opinião pessoal, mas, posso dizer que esta lei de certa forma é um avanço e um retrocesso na Educação do nosso país. porém gostaria de convida-los a debater o tema conosco. Comente aqui a sua opinião.

    O Lúdico na Educação Infantil

     
    
     
     
    Ao lado da família, outras instituições sociais veiculam valores e desempenham um papel na formação integral particularmente na formação de atividades.
    Mas para que tudo aconteça de maneira natural é preciso educar a criança ensinando-a desde muito cedo a cuidar de seu corpo, da sua saúde, formando hábitos saudáveis, e, neste sentido a rotina é bastante valiosa. Educar para todos, portanto, é auxiliar a criança no meio em que vivem, do espaço em que estão os objetos que á rodeia as características dos mesmos, seus usos bem com fazer a exploração de todos os elementos da natureza, das plantas, dos animais, da terra, da cidade e do lugar onde vive, cresce e desenvolve.
     
    Por esta razão ao propor um projeto para a Educação Infantil temos que vê-la como uma especificidade, uma fase da vida que ganha contorno próprio e precisa receber educação integral voltado para o desenvolvimento de todas as suas potencialidades como ser humano em crescimento que necessita de atenção espacial.
     
    Muitas das descobertas sobre o mundo que a cerca, a criança faz enquanto brinca. Sozinha com o amigo imaginário, com um irmão ou um vizinho, com outras crianças em grupos pequenos ou mais numerosos brincar é para a criança a possibilidade de ampliar sua experiência. Os jogos e as brincadeiras infantis foram introduzidos na história da humanidade pela cultura e se mantém como práticas culturais extremamente interessantes para a criança possibilidade de explicar sua experiência.
    Brincar é atividade própria da infância. Os jogos e brincadeiras infantis foram introduzidos na história da humanidade pela cultura e se mantém como prática cultural extremamente interessante para a criança. Elas são, assim, parte da cultura humana. Vemos através da história e da antropologia que determina das brincadeiras são partes da infância em qualquer comunidade em vários períodos históricos.
     
    As brincadeiras de roda, o faz-de-conta são atividades universais na infância.
    Na rua, em casa, na floresta, na cidade ou no campo, os esforços podem ser vários, mas a atividade terá sempre caráter formador do indivíduo como ser cultural.
    A brincadeira também é uma atividade que tem na execução de movimentos seqüenciais, ou repetido um dos atrativos centrais para a criança pequena. Chamas de jogo uma atividade que é organizada em torno de um tema central, que pode ser explicado pelo movimento, por cantigas, pelo ritmo ou pela cadência, pela vocalização.
     
    O elemento chave das brincadeiras nos primeiros anos de vida é o movimento que se organiza pelo ritmo. A presença de objetos nas brincadeiras vai aumentando à medida que as crianças crescem, mais as brincadeiras e jogos que envolvem só movimento persistem até os período dos sete anos, com o diferencial de que se tornam mais complexos nas regras que envolvem deslocamentos cada vez maior no espaço.
     
    Analisando o papel dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil constatamos que para as crianças são importantes dois recursos o brincar e o brinquedo.


    REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS
    - Escola Ciclada de Mato Grosso. Novos tempos e espaço para ensinar – Aprender a Sentir, ser e fazer.
    - FREIRE, Paulo. A prática educativa em questão, São Paulo. Espaços Pedagógicos, 1996.
    - PIAGET e a construção do homem: conhecimento, afeto e moral.
    - VYGOTSKY, Lev Senovich. Pensamento e Linguagem.
    - A teoria Construtivista e o processo ensino aprendizagem na Pré-Escola.
     

    A Importância da leitura na Educação Infantil


    

     
    Não é de hoje que tanto a leitura quanto a escrita vem sendo relacionada às práticas sociais.

    Deste modo, torna-se imprescindível que desde cedo, na Educação Infantil, a criança tenha contato com materiais de leitura. Cabe à escola e, principalmente, ao educador tornar viável para a criança o ato da leitura dando a ela oportunidades de contato com a literatura infantil.

    A literatura infantil, quando utilizada de modo adequado, torna-se um instrumento extremamente importante na construção do conhecimento da criança.

    É através da leitura que o educando se apropria de culturas e história, desenvolvendo e estimulando a formação de ideias e raciocínio.. Além disso a leitura proporciona à criança o seu desenvolvimento crítico, emocional, social e cognitivo.

    O conhecimento que a criança adquire com o ato da leitura faz com que ela seja capaz de dialogar, comentar, refletir e discutir sobre o tema proposto.

    Nessa perspectiva, é dever do educador procurar integrar as crianças de modo que suas atividades em sala de aula aproxime os alunos e estreite seus laços de afeto com a leitura. Para que isso aconteça, o professor, assim como a instituição, devem trabalhar com o intuito de promover a leitura como um ato significativo e prazeroso, buscando estratégias que otimizem o desenvolvimento da autonomia da leitura nos alunos, além de enfocar a interpretação e produção de textos, incentivando a participação dos alunos e promovendo uma aprendizagem mútua.

    Infelizmente, no Brasil, o acesso aos livros é dificultado por uma série de fatores sociais, econômicos e políticos. Por isso, pais e educadores devem discutir a importância da leitura na formação do leitor e como motivar as crianças, desde pequenas, a criar o gosto pela leitura e como torná-los escritores críticos e concisos.
     

    terça-feira, 3 de junho de 2014

    Qualidade sim. Mas para todos


    "A escola só avança quando todos aprendem. Como educadores, essa é a nossa missão"

    http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/205/qualidade-sim-mas-para-todosa-escola-so-avanca-quando-todos-311290-1.asp 

     
     Por: Revista Educação - UOL - Claudia Fadel



    O Brasil vive hoje o grande desafio de oferecer mais qualidade de ensino. Ao contrário do que muitos pensam, este não é um desafio apenas da rede pública. As escolas particulares também vivem o mesmo processo, ainda que muitas vezes motivadas pela pressão da opinião pública, com a divulgação dos rankings do Enem, e pelo gargalo cada vez mais estreito do acesso ao ensino superior.
    Evidentemente, ninguém poderia ser contra um ensino com standards mais altos de excelência acadêmica. Mas é preciso cuidado. A elevação da qualidade acadêmica não pode ocorrer em prejuízo de uma concepção mais ampla do papel da escola e do ensino médio, que envolve aspectos como a formação de valores, vivências culturais e artísticas, desenvolvimento psicossocial.
    Ainda há outro risco nessa corrida por posições: não podemos confundir a excelência acadêmica com a formação de campeões do Enem e dos vestibulares.
    Nossas salas de aula ainda se dividem entre a turma do fundão e os que sempre se dão bem nas avaliações e são pejorativamente chamados de nerds. As experiências internacionais consagradas, como a finlandesa, mostram que a qualidade se alcança quando todos avançam, ou seja, quando se cria uma comunidade de aprendizagem.
    Mas uma tradição historicamente pouco inclusiva ainda resiste nas escolas. A taxa de reprovação na 1a série do ensino médio público chega a 18% . Na rede privada, a média de reprovados nesta série chega a 10%. Nada justifica esse estado de coisas a não ser uma cultura pedagógica adequada para quem vai bem e ineficiente para quem vai mal. Não se culpem os professores: a comunidade escolar como um todo convive com o fracasso escolar como sinal de incompetência do aluno, de quem se desiste com facilidade.
    Para vencer o desafio da qualidade de ensino, precisamos fazer mais do que exigir desempenho dos alunos, aumentar a carga de estudos e apertar as avaliações. Temos de introjetar a ideia de que a escola só avança quando todos aprendem – e assumir que, como bons educadores, fazer todos aprenderem é nossa missão.
    *Claudia Fadel é diretora da Escola Sesc de Ensino Médio e doutoranda em Educação na Columbia University, em Nova York.

    FONTE: REVISTA ESCOLA - UOL <http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/205/qualidade-sim-mas-para-todosa-escola-so-avanca-quando-todos-311290-1.asp> ACESSO EM: 03/06/2014

    domingo, 1 de junho de 2014

    Operação flagra estudantes em pau de arara e detém sete em Pernambuco



    Em Pernambuco, estudantes ainda usam pau de arara para ir à escola

    Carlos Madeiro
    Do UOL, em Maceió


    30.mai.2014 - Uma operação encontrou crianças sendo transportadas de forma improvisada em caçambas de caminhonetes de médio e pequeno porte, os chamados 'paus de arara', no município de Floresta (a 436 km do Recife) no sertão de Pernambuco.

    Uma operação realizada na quinta-feira (29) resultou na apreensão de 26 veículos de transporte escolar que não ofereciam condições mínimas de segurança, no município de Floresta (a 436 km do Recife) no sertão de Pernambuco. O balanço da operação foi divulgado na tarde desta sexta-feira (30) pelo Ministério Público Federal no Estado.

    Na fiscalização, as autoridades encontraram crianças sendo transportadas de forma improvisada em caçambas de caminhonetes de médio e pequeno porte, os chamados "paus de arara".
    Muitos dos veículos também trafegavam com pneus carecas e problemas na estrutura, como a falta de cintos de segurança para os passageiros. Motoristas também foram flagrados sem carteira de habilitação.

    Durante a operação --que teve seis pontos de bloqueio e durou poucas horas entre o fim da tarde e noite--, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) lavrou 27 autos de infração, com quatro carros apreendidos. Já o Detran abordou 25 veículos e apreendeu 22 deles por não atendimento à legislação escolar, especialmente falta de condições de segurança, conservação de veículos e trafegabilidade.
    Ainda segundo o balanço, sete pessoas foram encaminhadas à delegacia da Polícia Civil de Floresta acusadas de crimes de trânsito. 

    Fonte: UOL EDUCAÇÃO disponível em:  http://educacao.uol.com.br/album/2013/10/12/em-pernambuco-estudantes-ainda-usam-pau-de-arara-para-ir-a-escola.htm#fotoNav=1 Acesso em: 01/06/2014

    'Educação não acaba na escola', diz analista de prova mundial para adulto'


    Salário de quem foi melhor na prova é 60% mais alto que o dos demais.
    Leia entrevista concedida por Marta Encinas, da OCDE, ao G1.

    Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo
     
    Marta Encinas, analista da OCDE (Foto: Divulgação/OCDE)
                                                        Marta Encinas, analista da OCDE
                                                               (Foto: Divulgação/OCDE)

    As políticas públicas devem ter como objetivo a educação igualitária para todos os alunos desde o início do ciclo escolar, mas não podem deixar de oferecer formação continuada aos adultos durante toda a sua vida profissional, defende a analista da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Marta Encinas. "A educação não acaba na escola, é algo que os adultos brasileiros precisam entender", afirmou a especialista espanhola.
    Responsável pela coordenação de uma avaliação aplicada pela OCDE em adultos de 16 a 65 anos em 23 países, Marta esteve no Brasil em abril para apresentar os resultados do Programa para a Avaliação Internacional de Competências Adultas (Piaac, na sigla em inglês). Semelhante ao Programa de Avaliação Internacional dos Estudantes, o Pisa, o Piaac foi aplicado entre 2008 e 2013 em países como Suécia, Irlanda, Estados Unidos, Espanha, Rússia e Japão.
    Cruzando as informações com os dados do questionário, a OCDE conseguiu traçar um perfil que relaciona os conhecimentos dos adultos com seu êxito profissional: "O salário médio por hora dos trabalhadores com alta qualificação supera em mais de 60% o dos trabalhadores com baixa qualificação", afirma ela.
    Em um teste com cerca de 45 minutos, os participantes tiveram que responder a diversos tipos de perguntas para demonstrar seus conhecimentos em compreensão de leitura, matemática e outras competências relacionadas ao trabalho, incluindo a habilidade de trabalhar em equipe e o domínio das tecnologias de informação e comunicação.
    O Brasil, por enquanto, não participa do Piaac. Segundo o MEC, a possibilidade de o Brasil aderir à prova internacional que avalia os conhecimentos dos adultos ainda está em análise.
    Leia a seguir a entrevista concedida por Marta ao G1, por e-mail:

    Surpreende o resultado do Piaac sobre a relação entre competências e salário?
    Sim, as implicações para os indivíduos são grandes. O salário médio por hora dos trabalhadores com alta qualificação supera em mais de 60% o dos trabalhadores com baixa qualificação. Em alguns países como os Estados Unidos, esta diferença é ainda maior, enquanto que, em alguns países da Europa do Leste, os salários estão mais reduzidos e a diferença é menor.
    Os adultos com nível escasso de competência de leitura também têm mais de três vezes mais chance de estarem desempregados que os bem formados. Mas o impacto das competências vai muito além dos salários e do emprego. As pessoas com menor competência em leitura estão três vezes mais propensas a ter problemas de saúde, e também mais propensas a crer que têm pouco impacto nos processos políticos –é dizer, a achar que são mais um objeto das decisões políticas que atores delas–, e além disso tendem a não participar nas atividades associativas, ou de voluntariado, e a se manter à margem da sociedade.
    Essas relações não se sustentam só para os indivíduos, mas também se aplicam aos países: o salário per capita são maiores nos países com menor proporção de adultos nos níveis mais baixos de competência, e com maior proporção de adultos que alcançam os mais altos níveis de competência leitora ou matemática.
    No caso das desigualdades, é importante assumi-las desde cedo, e fazer um esforço especial em relação aos alunos com desvantagens sociais, já que na maioria dos países eles acabam virando os adultos com nível muito baixo de competências"
    Marta Encinas,
    analista da OCDE

    Países como os Estados Unidos não obtiveram nível de excelência tão alto (entre os alunos mais ricos) que países nos quais o nível socioeconômico não afeta tanto os estudantes. O Brasil, um país com ainda maior desigualdade social, também pode ter resultado parecido?
    As características especificas do Brasil só poderemos conhecer se ele participar do Piaac, para poder fazer uma análise personalizada do seu caso. No caso das desigualdades, é importante assumi-las desde cedo, e fazer um esforço especial em relação aos alunos com desvantagens sociais, já que na maioria dos países eles acabam virando os adultos com nível muito baixo de competências. Esses adultos acabam sendo um peso para o país, e colocam em risco o bem estar de todos, já que costumar ter grande dificuldade de encontrar trabalho, não participação da formação de adultos e costumam ter pior condições de saúde, o que supõe um grande custo para o sistema de saúde de um país, e costumam necessitar subsídios. Além disso, os países com um grande número de adultos com baixas competências não conseguem introduzir inovações e aumentar sua produtividade de maneira consequente com o mundo de hoje.

                                                       Educação de Jovens e Adultos EJA (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
                                                        Educação de Jovens e Adultos EJA (Foto:
                                                                Reprodução/TV Vanguarda)

    O fato de que em todos os países participantes entre 7% e 27% dos adultos não sabem nem sequer usar o mouse do computador é um sinal de que as políticas de educação não são capazes de lidar com as mudanças tecnológicas a uma velocidade adequada?
    No Piaac, vimos que a lacuna da leitura também é uma lacuna digital, quer dizer, os adultos com um baixo nível de competência em leitura têm dificuldades em usar os computadores. Isso equivale a milhões de adultos lutando para sobreviver em uma sociedade que mudou profundamente, que cada vez mais está interconectada e baseada na economia do conhecimento, e onde a tecnologia está cada vez mais presente
    .
    Não só a educação básica está falhando, mas a educação ao longo da vida, já que hoje em dia não podemos deixar de nos educarmos no ritmo com que o mundo evolui. A educação não acaba na escola, é algo que os adultos brasileiros precisam entender e queremos enfatizar isso aplicando o Piaac no país, especialmente sendo o Brasil uma economia tão importante nestes momentos.
    A educação não acaba na escola, é algo que os adultos brasileiros precisam entender"
    Marta Encinas

    O relatório diz que países que investem na educação continuada para adultos tiveram melhores resultados no Piaac. Mas alerta que, se a educação primária não é boa, os resultados da educação para adultos não serão animadores. Há, então, uma relação entre o tempo dedicado aos estudos formais e a metodologia educacional?
    Nos países com resultados melhores, seu grande êxito recai no fato de que formam todas crianças e adultos por igual, sem discriminação por nível socioeconômico de seus pais, como ocorre em grande parte da América Latina. Uma educação mais personalizada e com um maior apoio, para os jovens que precisam disso, é muito importante.
    Os adultos com baixo nível de competências se arriscam a ficar presos em uma situação em que raras vezes se beneficiam da educação de adultos, e suas competências seguem sendo fracas ou se deterioram com o tempo –o que torna ainda mais difícil para essas pessoas participarem de atividades de aprendizagem ou do mercado laboral. Isso apresenta um desafio político formidável para os países, com grandes proporções de adultos com baixas competências. Ajudar aos adultos pouco qualificados a quebrar esse ciclo é crucial.
    O Piaac nos tem permitido identificar os adultos com maior risco de exclusão. É importante conscientizar estes adultos dos desafios econômicos e sociais que sua falta de formação lhes ocasiona, e ao mesmo tempo que traz os benefícios da melhora das competências aparentes. Melhorar o ensino da leitura e da matemática nas escolas e em programas para adultos com baixas competências e pouco familiarizados com as tecnologias de informação e comunicação pode aportar ganhos econômicos consideráveis para os indivíduos e para a sociedade em seu conjunto, e um maior bem estar social para todos.

    A avaliação disponível no site da OCDE tem poucas perguntas. Quantas perguntas tem o teste real?
    A avaliação real tem muitas perguntas de compreensão de leitura, matemática e resolução de problemas, assim como perguntas sobre o tipo de competências que se usam no trabalho, como comunicação, trabalho em equipe, colaboração etc. A avaliação vai se ajustando ao nível de dificuldade que o adulto experimenta para estabelecer o nível exigido. A avaliação consiste em um questionário de contexto que dura cerca de 45 minutos e uma prova de domínios cognitivos, que dura ao redor de uma hora.

    O teste é aplicado só pelo computador, ou também em papel?
    As pessoas que têm dificuldade com o uso do computador realizam o teste em uma versão mais tradicional em papel, e obtêm resultados totalmente comparáveis. Os países com uma porcentagem baixa de pessoas que usam computador também podem optar somente pelo teste na versão em papel, como faz atualmente a Indonésia.
    Esta versão online é um exemplo de perguntas. Ela se chamará "Educação e formação online" e estará disponível em setembro deste ano para os países participantes, para que os indivíduos possam medir seu nível de competências. Os adultos que queiram conhecer seu nível de competências receberão um informa com seu nível comparado com os resultados do Piaac de seu país e internacionalmente, e poderão se comparar com indivíduos com um background similar ao seu em educação, ocupação etc. E ver se necessitam atualizar e melhoras suas competências. As instituições que desejarem poderão utilizar essa ferramenta para avaliar as competências de grupos objetivos, por exemplo, adultos com baixo nível de competências que necessitem formação, ou alunos universitários, para diagnosticar o nível adquirido depois de uma formação.

    Qual é a política de educação de adultos mais difícil de se implementar? Por quê?
    Todos os pontos chave [para políticas pública sugeridos pela OCDE] são os dados que o Piaac nos mostra de cada país. Primeiro é que é muito necessário ter esses dados por país, é muito importante avaliar, porque o que não se vê não se pode mudar. Uma vez que vemos as características específicas de cada país, podemos realizar as políticas necessárias de mudança, sejam estas a nível de educação, emprego ou economia ou de migração. Outro fator importante do Piaac é a sua comparação internacional. Ao nos compararmos com outros países, podemos ver como eles têm sido bem sucedidos em implementar certas políticas e como fizeram isso.

    E qual é a política mais difícil de implementar sobre a relação entre competências e a economia?
    Todos os pontos chave têm seus desafios, mas provavelmente garantir que todas as crianças tenham um bom início no ciclo básico de ensino [é o mais difícil]. Isso requer muitas mudanças, e a principal seria ter professores de grande qualidade, sobretudo para as crianças com mais desvantagens. O Piaac nos dá o nível de competências por ocupação do adulto, e quando avaliamos as competências dos adultos, nos damos conta de que o nível de competências dos países com piores resultados educativos é bastante baixo, comparando com países com grande êxito e igualdade, como Finlândia, onde os melhores alunos são selecionados para serem professores. Ao mesmo tempo, os países com políticas de sucesso formam os professores ao longo de sua vida profissional. Os melhores sistemas acreditam que todas as crianças conseguem aprender. Um bom professore acredita que todas as crianças valem a pena.

    FONTE: G1 - DISPONÍVEL EM: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/05/educacao-nao-acaba-na-escola-diz-analista-de-prova-mundial-para-adulto.html  ACESSADO EM 01/06/2014