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quarta-feira, 12 de outubro de 2016



                                        Era Vargas





Getúlio Vargas (1882-1954) ocupou a presidência do país, em um primeiro momento, por quinze anos: de 1930 a 1945. Depois retornou ao mesmo posto em 1951, governando por mais três anos, em um contexto bem diverso, e saindo apenas de forma não convencional, ou seja, suicidando-se. O termo “Era Vargas” é empregado justamente para acentuar essa longa permanência no poder. Vargas ascendeu à presidência em 1930, em um contexto de saturação do modelo político que vigorava até aquele momento, a chamada “República Velha”, cuja rotatividade do poder era disputada por líderes dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Representantes de algumas das oligarquias regionais contrárias às medidas do então presidente Washington Luís, de São Paulo, uniram-se com o Exército, que também se achava desmoralizado desde 1924 em razão da Revolta dos Tenentes, para depor o presidente da República. Essa atmosfera de conturbações políticas ficou conhecida como “Revolução de 1930”. Vargas, que era governador do Rio Grande do Sul, passou, nesse momento, a ser o presidente encarregado de organizar a República.
As principais características do início da atuação de Vargas como presidente foram: 1) a centralização do poder político e o consequente enfraquecimento das oligarquias regionais, especialmente a paulista; 2) a modernização econômica, sobretudo após a Crise de 1929, que exigiu uma aceleração na política de substituição de importações, isto é, a produção de maquinário industrial em solo brasileiro, que resultou na criação de siderurgias e metalurgias; 3) o enfrentamento da insatisfação de São Paulo, que exigia uma Assembleia Constituinte – já que Vargas governava “provisoriamente” como apoio do Exército e havia dissolvido o Poder Legislativo.
Em 1932, o estado de São Paulo insurgiu-se contra o poder central da República, episódio que ficou conhecido como“Revolução Constitucionalista de 1932”. Vargas, valendo-se da ação do Exército Nacional, sufocou a insurgência paulista. Entretanto, a pressão por uma Constituição continuou e, em 1933, foi convocada uma Constituinte que definiu a nova Constituição, em 1934, por meio da qual Vargas foi eleito indiretamente para a presidência. No ano seguinte, uma nova revolta articulou-se contra o governo de Getúlio, dessa vez a dos comunistas, que eram liderados por Luiz Carlos Prestes. A “Intentona Comunista”, de 1935, abriu um precedente para Vargas e os generais do Exército tramarem o golpe que o preservou no poder até 1945.
O “Estado Novo” – a fase explicitamente ditatorial de Getúlio Vargas – foi instituído no dia 10 de novembro de 1937. A Constituição de 1934 foi revogada, e o país viu-se privado de eleições e de liberdade de expressão, além de submetido ao controle de caráter fascista fortemente inspirado nos líderes autoritários europeus da mesma época, Mussolini e Hitler. Contudo, um dos destaques do período do “Estado Novo” foi a criação das leis trabalhistas através da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), aprovada em 1º de maio de 1943.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a queda dos regimes fascistas, o “Estado Novo” varguista entrou em crise, pois o seu formato autoritário de governo sofreu um grande desprestígio. Desse modo, a mesma junta militar que ajudou Getúlio Vargas a erigir sua ditadura acabou por depô-lo do poder. Ainda que o político gaúcho tenha articulado, em 1945, o chamado “queremismo” (movimento popular em prol de sua permanência na presidência da República, que gritava o bordão “Queremos Getúlio!”), não conseguiu evitar o seu afastamento.
Getúlio voltou ainda ao poder em 1951 após disputar as eleições democráticas de 1950, em um contexto, portanto, bem diferente daquele no qual se manteve por quinze anos no poder. Contudo, não chegou a terminar seu mandato. Pressionado por vários setores da sociedade, principalmente pelo jornalista e político Carlos Lacerda, a renunciar em razão das medidas populistas que vinha adotando em seu governo, Vargas decidiu dar um desfecho trágico à sua trajetória, suicidando-se com um tiro no coração em 24 de agosto de 1954.

Texto: Me. Cláudio Fernandes
Fonte: http://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/era-vargas.htm 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Olá pessoal, hoje começaremos aqui em nosso blog, uma serie de postagens com a finalidade de contar e discutir com vocês grandes histórias ocorridas no mundo. Começaremos aqui com a história da civilização Viking. Temos o intuito de publicar várias histórias, buscando auxiliar seus estudos para o vestibular ou ENEM. Boa Leitura!

As Invasões Viking's







Durante a Baixa Idade Média, a civilização viking deu início a uma série de invasões que marcariam o instável quadro político militar europeu. Pertencentes a uma civilização de forte tradição militarista, os vikings acreditavam que os conflitos ocupavam um importante espaço de suas crenças e práticas sociais. Dessa forma, entre os séculos VIII e XI, deflagraram um grande número de batalhas que tomaram boa parte do Velho Mundo.
Os vikings são oriundos das gélidas terras encontradas nas regiões da Noruega, Dinamarca e Suécia. Nestas regiões – apesar da falta de recursos fartos – praticavam a agricultura, a pesca e o comércio de diversos produtos como trigo, peixes, metais, madeira e alguns escravos. Historicamente, foram capazes de formar uma cultura autônoma, tendo em vista que os romanos não promoveram a ocupação dos domínios escandinavos.
Mesmo partilhando diversos hábitos e costumes, os vikings não experimentaram nenhum tipo de governo centralizado capaz de organizar as invasões à Europa. Geralmente, pequenos grupos independentes organizavam as pilhagens que começaram a atingir o mundo europeu a partir das ilhas britânicas. Faziam uso do drakkar, tipo de embarcação leve, com a qual os vikings alcançaram a Europa por vias marítimas e pluviais. Não por acaso, iniciaram a ocupação da Europa Continental adentrando o Rio Sena.
Apesar das invasões atingirem essas duas primeiras localidades, a ocupação dos vikings ocorreu simultaneamente em diversas partes da Europa. Um dos alvos mais visitados era a Irlanda, que devido à proximidade e a ajuda dos ventos fazia com que essa investida militar ocorresse sem maiores dificuldades. Enquanto os vikings noruegueses e dinamarqueses invadiam regiões da Espanha e da França, os suecos costumavam invadir partes da Polônia, Letônia, Lituânia e Rússia.
Ao contrário do que se pensa, não podemos definir que a invasão realizada pelos vikings tenha ocorrido por uma mera inclinação para a guerra. De acordo com algumas pesquisas, o processo de expansão territorial dessa civilização foi gradual e, provavelmente, foi motivado pelo problema do aumento dos contingentes populacionais em terras pouco férteis. Contrariando vários mitos ligados a essa civilização, os vikings não eram xenófobos e realizavam comércio com vários povos estrangeiros.
Outra interessante “tradição inventada” vinculada aos povos vikings está relacionada ao hábito de utilizar elmos com chifres. Pesquisas arqueológicas indicam que uma pequena parte dos combatentes utilizava esse tipo de aparato, mais comumente usado para a realização de rituais religiosos. Essa associação entre os vikings e os chifres aconteceu com a popularização, durante o século XIX, de peças teatrais e óperas que incorporaram esse vistoso ornamento.
Nesse processo de expansão, também responsável pela colonização de diversas terras nórdicas, os vikings acabariam antecipando em cinco séculos a viagem feita por Cristóvão Colombo. Por volta do ano 1000, segundo vestígios encontrados na costa leste do Canadá, um grupo de vikings dominou algumas terras nesta região investigada. Contudo, as dificuldades de fixação e o confronto com os povos nativos acabaram dando fim a essa empreitada.
Na mesma época, por volta do século XI, a expansão dos povos vikings pela Europa começava a dar seus primeiros sinais de desgaste. Além de sofrerem com diversas derrotas militares, o avanço do cristianismo pelo continente acabou enfraquecendo a formação de novas tropas dispostas a lutar. Apesar de tantas transformações, as tradições e lendas criadas por essa civilização ainda se mostra presente em diversos traços da cultura européia contemporânea.

Texto de: Rainer Sousa
Fonte:  http://historiadomundo.uol.com.br/idade-media/as-invasoes-vikings.htm